A nossa descoberta hoje, recai à um primeiro sargento das Tropas Especiais das Forças Armadas Angolanas (FAA), de 43 anos, atirado a sua sorte. Trata-se de Mário António Franco Buba.
Conhecido nas lides militares por Coronel Fuba é antigo militar das FAA tendo exercido a função de Técnico de Telecomunicações da Tropa Especial em Angola. Separado da esposa por não ter um teto, nem condições para renda, vive em casa de amigos e é pai de oito filhos. Ao O Decreto, Coronel Fuba, conta como chegou a pertencer as Forças Armadas Angolanas e o contributo prestado à pátria para hoje estar “votado ao abandono”.
Actualmente Coronel Fuba é activista cívico, membro do Conselho Nacional dos Activistas (CNA) e faz parte da “Primeira Região”, designação atribuída pelos jovens manifestantes dos musseques de Luanda (Viana, Cazenga e Cacuaco).
Mário António Franco Buba (Coronel Fuba) é angolano de nacionalidade, natural da província da Lunda Norte, município do Chitato, comuna do Luachimo, bairro Caxinde e aderiu as Forças Armadas Angolanas (FAA) com 17 anos, isto, em 1993.
O antigo homem do gatilho contou a este portal que no dia 10 de Fevereiro de 1993, foi rusgado na Escola da Missão do Caxinde, actual Instituto Politécnico do Nordeste, onde frequentava a 10ª classe, perdendo deste modo à possibilidade de dar continuidade dos seus estudos.
Filho de pais pobres (Fernando Carlitos e Fina Catarina), Coronel Fuba nascido a 28 de Agosto de 1976, era morador do bairro da Estalagem
Lembra que, eram 17horas, quando ele e seus colegas, foram levados pelas FAA, para o município do Chitato, tendo sido mais tarde transferidos para 10ª Região da Lunda Sul.
Na descrição que faz, recorda que a 22 de Fevereiro do mesmo ano (1993), foram transferidos para o R20 – 7 depois levados à zona do Cabo Ledo, onde permaneceram durante seis meses. No ano seguinte, deslocaram para a Província do Uíge com objectivo de libertar as populações das mãos das Forças Armadas de Libertação de Angola (FALA), então força armada da UNITA.
Em 1995 foram para Catombela, província de Benguela tendo regressado mais tarde à Unidade do Cabo Ledo, em Luanda, onde ficaram até ao ano de 1996.
Em 1997, foram encaminhados para a Guerra do Rebelde Maimai no Congo Democrático/Kivo Norte, Boma e Matade, onde o Capitão Henda o terá salvado de um “estilhaço” dos rebeldes.
Em 1999 regressou a Luanda e no ano de 2000 saiu da Tropa Especial para as FAA, encaminhado, no entanto, para o 54º Regimento que na altura era dirigido pelo um oficial apenas conhecido por “Coronel Zé Maria”.
De 2002 a 2003, foi enviado ao Batalhão de Operações para Apoio a Paz (primeiro batalhão criado em Angola para este fim), que era dirigido pelo General Lúcio de Amaral.
Em 2005 enviados para Botswana, um mês depois teve uma queda no Helicóptero, numa distancia de 40 metros, quando desciam de parapeito, foi assim que foi enviado para Paraíso/ Caxito Luanda/Bengo, no conhecido Batalhão de Operações de Apoio ao País. Com cerca de 1000 homens, esse Batalhão esteve igualmente no Tchad e Costa do Marfim.
Questionado sobre o paradeiro do seu colega, Fuba revela que Mariano da Cruz sobrevive neste momento com o trabalho de táxi em Luanda.
Coronel Fuba conta ao O Decreto que dentre varias entidades no país conhecem a sua situação o antigo Comando da Região Militar de Luanda, general Simão Carlitos “Wala”, assim como segundo Comandante Geral da Polícia Nacional, António Maria Sita mas não houve qualquer resposta. O Decreto