Corrupção, evasão de divisa e abuso de poder mancham gestão da Igreja Universal em Angola
Um grupo de bispos e pastores angolanos decidiu esta quinta-feira, 28, romper com a Igreja Universal em Angola, por suposta prática de corrupção, desvios de fundo, fuga de divisa, nepotismo, corrupção e a abuso de poder.
Entretanto, o corpo de bispos e pastores da Igreja Universal confirma a fuga de devisa para exterior, esterilização de religiosos e desvios de fundo por parte de responsáveis brasileiros em Angola.
Na azáfama da ruptura com a IURD, os religiosos acusam Honorilton Gonçalves da Costa “bispo Gonçalves”, de 59 anos, líder da Igreja Universal do Reino de Deus em África, como sendo, o responsável de toda crise que se despoletou no país.
Diante da crise, os mais de 300 prelados dizem, em comunicado, não ter mais qualquer vínculo com a Igreja Universal do Reino de Deus – Brasil, pelo que, exigem a liderança brasileira a deixar o território nacional dentro dos prazos estabelecidos pelas autoridades migratórias.
Pesam ainda sobre o bispo Gonçalves e pares a atitudes, comportamentos e práticas que atentem contra os bispos, pastores, obreiros e membros angolanos não se reveem e nem concordam desvios de fundo, nepotismo e a evasão de divisas.
Nepotismo por brasileiro
Os seguidores de Edir Macedo, fundador da Igreja Universal do Reino de Deus no Rio de Janeiro, Brasil, contam que a IURD para cumprir os seus intentos, ao longo de 27 anos em Angola, vai “arrancar” missionários brasileiros e administrativos em detrimento de angolanos.
Dizem, do mesmo modo, que é visível em todos os quadrantes da Igreja, desde os púlpitos à área administrativa, que tem se traduzido em actos discriminatórios, onde na maior parte das vezes o principal critério para se atribuir certas responsabilidades eclesiásticas e administrativas.
Património e esterilização a pastores
Nos últimos doze meses, segundo aqueles cristãos, a liderança brasileira, por orientação do Edir Macedo tem forçado os pastores casados a submeterem-se a um procedimento cirúrgico de “esterilização”, conhecido como vasectomia, uma pratica que atente com ordenamento jurídico angolano.
Na mesma senda, a Igreja Universal do Reino de Deus está a vender mais da metade do seu património em Angola, sem prévia consulta aos bispos, pastores, obreiros e membros angolanos.
Os imoveis inclui residências e terrenos que foram adquiridos e construídos com os dízimos, ofertas e doações dos cristãos angolanos.
A ideia de se vender o património foi, de acordo com denunciantes, transmitida aos pastores e bispos brasileiros numa reunião secreta, em Luanda, por Honorilton Gonçalves, sem a participação de angolanos.
Para salvaguardar os interesses da congregação religiosa, os pastores angolanos dizem que a partir de quinta-feira, 28, a Igreja Universal do Reino de Deus passa a ser liderada por cristãos angolanos.
Mais notícias sobre bispo Gonçalves nos próximos capítulos
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