Angola: Juízes elegem primeira mulher para liderar Tribunal Supremo
Luanda - O plenário do Tribunal Supremo elegeu, nesta quarta-feira, em Luanda, os três candidatos a presidente deste órgão judicial, que irá substituir o advogado Rui Constantino Ferreira, que renunciou ao cargo no passado dia 3 de Outubro, na sequencia de escândalos ligados aos seus negócios privados.
Fonte: AnaNgolaInfos

A eleição na qual exerceram o direito de voto, 20 juízes, ocorreu num clima de tranquilidade e de respeito aos regulamentos. Após a votação e obediência aos procedimentos internos, o Conselho Superior da Magistratura Judicial (CSMJ), órgão encarregue de fazer gestão dos juízes, deverá, em breve fazer uma informação ao Chefe de Estado, João Manuel Gonçalves Lourenço remetendo os três nomes mais votados para que de seguida o alto magistrado da nação use o seu poder discricionário para assinar o decreto de nomeação do futuro juiz-conselheiro Presidente do Tribunal Supremo.
O processo eleitoral foi antecedido com a criação de um "regulamento para escolha do Presidente do Supremo" e uma "equipa de fiscalização", algo que não se verificou no escrutínio passado que elegeu Rui Ferreira, em Fevereiro de 2018. Nas eleições passadas o Presidente interino do Tribunal Supremo, Juiz Molares D' Abril na sua qualidade de condutor do processo fez a seleção de três candidatos. Porém, enquanto se aguardava pela convocação da reunião do Conselho Superior da Magistratura Judicial para ratificar a eleição do Presidente do Tribunal Supremo feita pelo Plenário, os Juízes Conselheiros foram colocados de parte e surpreendidos como uma convocação para irem ao Palácio Presidencial assistir ao acto de posse de Rui Constantino da Cruz Ferreira no Palácio Presidencial.

Por outro lado o Juiz Conselheiro Joel Leonardo, é um magistrado oriundo da Huíla, província onde, na década de oitenta conheceu e se tornou amigo do general Leopoldino do Nascimento "Dino" que esteve ai a fazer recruta militar. Mediatizou-se nos últimos meses como juiz da causa, do caso CNC que condenou o antigo ministro dos transporte, Augusto da Silva Tomas. Contudo, já antes era conhecido de nome por ter sido o juiz conselheiro a quem Rui Ferreira havia mobilizado em Outubro de 2018, para libertar a revelia José Filomeno dos Santos, que estava detido na sequencia da burla dos 500 milhões de dólares americanos do BNA.

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